segunda-feira, 30 de setembro de 2013
Para pensar...
Há pessoas que gostam de movimento, barulho, agitação, música alta, confusão. Que só sabem viver e ser felizes se estiverem cercados de outras pessoas - e de muito barulho!
Em geral são pessoas que não sabem escutar os outros. Que não gostam de pensar. Que são incapazes de ler um bom livro. De ficarem em silêncio. De pararem, de vez em quanto, para se olharem "por dentro."
Ser alegre é bom. Viver a vida com alegria, uma benção. Mas não conseguir parar para pensar, é ruim. Uma pessoa depender dos outros para se sentir bem, não se bastar a si próprio, é complicado. Porque às vezes tem de pagar caro para ter uma companhia e em se tratando de mulheres maduras, então, mais complicado ainda ( os garotões estão por aí, sempre à espreita dessas presas fáceis).
E não são só as mulheres maduras, os senhorzinhos carecas e barrigudos também pagam caro para ostentar ( e levar para a cama, com a ajuda do Viagra), as periguetes que podiam ser suas filhas ou netas.
Vivemos num mundo de agitação frenética. Tudo tem de ser " para ontem". As pessoas ( de todas as idades), vivem agarradas aos celulares de alto preço, a fotografarem tudo - sem olhar e apreciar a paisagem que fotografam!- a mandar e a receber mensagens de minuto em minuto, ligadas ao mundo da internet e esquecendo o mundo real que as cerca.
Valerá a pena viver assim?
domingo, 29 de setembro de 2013
Nuvem cinzenta
(Poema do meu livro " O Suspirar do Tempo", escrito em Angra dos Reis num dia cinzento, mas lindo!)
Uma nuvem cinzenta avança, devagar,
e cobre as montanhas o céu o mar
De repente,
o mundo perdeu contornos. Ficou cinzento
Na baía de Angra dos Reis,
os veleiros balançam embalados pelo vento, cinzento
O mar, que era azul, ficou cinzento
As ilhas desapareceram numa neblina incolor
O fog londrino invadiu os trópicos
numa nuvem paralizante, cinzenta
Num céu cinzento,
estala uma tempestade tropical
Raios trovões chuva
e eu, muda, a viver este instante irreal
Chove cinzento
Tudo é nevoento, sem significado...cor
O mundo parou neste minuto unico belo cinzento
que vivi até à loucura possível do entendimento,
mergulhada na angústia e no sofrimento. Com dor
Sentindo o indiferente passar do tempo...
quinta-feira, 26 de setembro de 2013
Recebi de um escritor e crítico português, Cláudio Lima, autor
de vários livros de sucesso, um e-mail que muito me sensibilizou. Diz ele:
“Visitei o seu Blog.
E nele encontrei a mulher forte e inteligente que de há anos tenho o
privilégio de conhecer e admirar, Você
expõe aqui pedaços de vida, evocações gratificantes e outras nem tanto, de um
peregrinar pelo mundo físico e também por esse outro, interior, onde se
armazenam e sedimentam os incidentes de percurso. É um exercício catártico salutar, que espero
não venha a degenerar em obsessiva autoflagelação. A sabedoria de envelhecer, desde o velho
Cícero, é o melhor pecúlio que podemos amealhar nos verdes anos. Rugas? As da
pele serão fatalidade, as da alma são abdicação. Essas, a Maria de Lourdes não tem. Este espaço de memória e partilha vai ter,
estou certo, um efeito libertário e um amplo convite à permuta de vivências”.
segunda-feira, 23 de setembro de 2013
Pessoas que passaram pela minha vida
Vivemos na época das verdades serem ditas, de se descobrirem muitos segredos do passado em relação à epoca da ditadura militar. Para isso funciona, acho que mal, uma Comissão da Verdade.
Por essa razão vejo muitas vezes no jornal o retrato de um jovem magro que foi barbaramente torturado nessa época triste, dado como desaparecido e que sabemos agora, foi assassinado com requintes de crueldade. Trata-se de Stuart Edgar Angel Gomes, mais conhecido como Stuart Angel, guerrilheiro que consideravam perigoso e por isso o mataram.
Conheci Stuart Angel nos idos de 1967/68, porque tive a honra de conhecer e ser amiga da sua mãe, a estilista Zuzu Angel.
Stuart era um jovem muito educado, calado, que me cumprimentava com um beijinho quando por acaso entrava na casa da sua mãe, na Praça da Paz (onde Zuzu tinha o seu atelier e recebia as suas clientes) e eu estava lá, na sala. Nunca, jamais, poderia imaginar, que já talvez nessa época Stuart conspirasse contra os governantes militares. E penso que também a sua mãe nunca imaginou isso!
Zuzu era uma doce mulher, fina, educada, divorciada de um americano e que vivia para o seu trabalho e para os seus filhos. Conhecia-a quando a entrevistei para a Manchete e depois disso, sempre que precisava de ilustrar uma reportagem de moda com um bonito modelo, recorria a ela, e era a Zuzu que fornecia o modelo e a manequim para as fotos. Roupas que eram sempre lindas e elegantes. Por isso ficamos amigas e até comprei, nela, alguns vestidos para mim.
Durante os nossos papos, soube que uma das suas filhas queria ser jornalista.. Depois que a conheci, conversamos muito e ela me pedia conselhos. Apresentei-a a Nina Chaves, colunista social de O GLOBO na época, e ela começou aí a sua carreira -tornando-se mais tarde famosa, como Hildegard Angel.
Zuzu era minha amiga e nunca esquecerei este facto: Quando fui escolhida, em companhia das jornalistas Nina Chaves, Helena Brito Cunha, Lea Maria, Maria Claudia ( e outras duas que não me lembro o nome) , como fazendo parte do grupo de jornalistas que naquela época ocupavam lugar de destaque na imprensa carioca, ela fez questão de fazere (e oferecer) a roupa com que fui fotograda. E que era um lindo kaftan de seda estampada em tons outonais, com botõezinhos e debruns dourados,
uma das roupas mais chics que tive na minha vida.
Depois, em 1969, minha vida mudou e passei a viver em Portugal, na cidade do Porto. E lá acompanhei, à distância, a dor e o sofrimento de Zuzu com o desaparecimento do filho querido, depois a sua luta para desmascarar os assassinos. Quando soube da sua morte, chorei. Também ela foi assassinada.
Tudo isto me veio à lembrança, quando vi há dias, no jornal O GLBO, uma foto daquele rapazinho magro que conheci e passou pela minha vida. Ele e a sua mãe.
terça-feira, 17 de setembro de 2013
A VIDA E A OBRA
Maria de Lourdes Nunes de Sá
Esteves Brandão de Almeida – que assina
os seus livros como Maria de Lourdes
Brandão - nasceu em Braga, Portugal, filha de mãe brasileira e pai português.
Seus avós paternos eram
portugueses – o avô, Veríssimo Martins de Almeida dono da maior fábrica de
chapéus de Portugal e da Quinta da Calçada, em Braga, onde M.L. viveu até aos
15 anos.
Seus avós maternos, que
muito a influenciaram, eram escritores:
Ela, Estela Nunes de Sá, poetisa,
com vários livros publicados, nasceu no Porto e foi a primeira senhora de sociedade a
escrever colunas semanais em jornais
portugueses; ele, Heitor Esteves Brandão, brasileiro, nasceu no Rio de Janeiro e era neto do
comendador Antonio Manoel Esteves, figura proeminente na região do Vale do Café,
dono de cinco fazendas (a maior, a
Fazenda de Santo Antonio do Paiol), que
foi um dos principais patrocinadores da construção da Estrada de Ferro
Valenciana – a primeira linha férrea de bitola estreita do Brasil.
O pai de Heitor Esteves
Brandão, António José de Faria Brandão, era um
homem de vasta cultura e foi
convidado por Ruy Barbosa para integrar o seu governo. Heitor
Esteves Brandão era um estudioso de Camilo Castelo Branco – e deixou vasta
obra.
·
M.L., aos doze anos, editou um jornal no colégio em que estudava e
publicou
o seu primeiro livro: DEDICAÇÃO.
·
Aos 15 anos a sua família radicou-se no Rio de Janeiro e sua mãe optou
pela
nacionalidade brasileira para os filhos. Por isso
M.L. se considerou sempre uma autên-tica luso-brasileira, com sangue
português e brasileiro nas veias e duas Pátrias que ama de igual modo.
·
No Rio de Janeiro continuou os seus estudos, cursou Jornalismo e fez o
seu
estágio no jornal Washington Post. Viveu dois anos nos E.U.A. , onde aprimorou o
seu inglês.
·
1954- De regresso ao Rio ingressou na Revista Mundo Ilustrado, dirigida
por
Joel
Silveira, onde trabalhou durante
alguns anos fazendo entrevistas. Fazia uma crônica semanal, também, no Diário de Notícias. De lá passou para O Cruzeiro e revista A
Cigarra. Anos mais tarde ingressou na equipe das Organizações Bloch, colaborando
nas revistas Manchete, Pais e Filhos e Ele & Ela. Mantinha uma coluna
diária no jornal Tribuna da Imprensa e semanais na Voz de Portugal, O
Liberal (Pará) e jornais portugueses.
·
1964 - Foi escolhida uma das melhores jornalistas do Brasil pelas
entrevistas
feitas com personalidades famosas como a rainha
Elisabeth da Inglaterra, o Imperdor Hirohio, do Japão, Amália Rodrigues, Yma
Sumac, Martine Carol, Brigitte Bardot, Yvo Pitanguy e muitos outros.
Nesse ano foi convidada a ir
a Portugal assistir à inaugração da Ponte Salazar
sendo
recebida por ministros e autoridades.
O
deputado Levy Neves, em Ofício da Perfeitura
do Rio de Janeiro, referiu-se a M.L. e ao seu trabalho de intercâmbio
cultural entre Portugal e Brasil, nestes termos:”se existisse o título de
embaixatriz da Comunidade Luso-Brasileira, esse título pertencia-lhe, por
direito.”
·
1966 - Sai o livro Mulheres Portuguesas do Brasil, de Beatriz Tovar,
onde
ocupa lugar de destaque.
·
1967- Integra a Associação Brasileira de Jornalistas e Escritores de
Turismo e
viaja muito. Publica poesias em jornais e revistas. A convite de Gilson Amado apresenta na TV-9 um programa cultural.
·
1968 – Organiza a Exposição Presença de Portugal no Pavilhão de São
Cris-
tóvão e publica o seu livro PRESENÇA DE
PORTUGAL ( uma seleção das crônicas que ao longo dos anos escreveu em
jornais portugueses e brasileiros). Este livro esgotou em poucos dias.
·
1969 – Promove no Real Gabinete de Leitura cursos de Arte e Literatura
para
universitários, que são assistidos por
centenas de jovens. Entre os professores
convidados, a dra. Maria de Lourdes Belchior, o prof. Arnaldo Saraiva e o prof.
Robert Smith.
·
1970 – Vai a Portugal enviada pela revista Manchete e consegue
entrevistar o
prof.
Oliveira Salazar, tendo conversado com ele por duas vezes. Teve de fugir à PIDE, que segregava o
ditador. Este verdadeiro furo jornalístico
(pois em 40 anos como primeiro-ministro de Portugal o ditador só tinha
concedido uma entrevista), saiu no
jornal francês Le Monde e na Voz de Portugal. Os portugueses só leram esta
entrevista em 1984, já depois da Revolução dos Cravos. O livro O ADEUS DE SALAZAR AOS PORTUGUESES só
na noite do lançamento, no Porto (em 1983),
vendeu mais de mil exemplares.
Em 1970 M.L. fixa residência em Portugal, no Porto,
passando a dividir a vida entre as suas duas Pátrias.
·
1971 – Pelo seu artigo Cascais-1970 ganha o prêmio JUNTA de TURISMO
da COSTA do
SOL, conferido ao melhor artigo escrito
sobre Portugal no estrangeiro.
·
Passa a colaborar nos jornais portugueses O Comércio do Porto, O País,
Matosinhos Hoje, Jornal da Maia, O Tempo, A Capital
e na revista cultural Sol XXI. Continua a colaborar em jornais do Rio. Entra
para a Sociedade de Língua Portuguesa, Autores de Braga, Grupo de Estudos
Brasileiros do Porto, Sociedade Portuguesa de Autores.
·
1982- Inicia no jornal O COMÉRCIO do PORTO uma campanha de ajuda
aos moradores pobres do Bairro da Sé, desabrigados
pelas chuvas. Esta campanha chega à
Assembléia da República. Os deputados
concedem uma verba alta que permite a 156 famílias receberem novas moradias e
iniciarem uma vida decente. M.L.,
durante dois anos, dedicou a sua vida a estas pessoas, conseguindo internação
para velhos e doentes, creche, escola e
livros para as crianças, tratamento para
viciados em drogas, trabalho para jovens.
·
1983 – Lança o seu livro O ADEUS de SALAZAR aos PORTUGUESES, em
Portugal e no Brasil. Faz conferências em escolas e
universidades de países de língua portuguesa
sobre o tema A LÍNGUA PORTUGUESA.
* 1984/1994 – Durante estes
10 anos, M.L. trabalha intensamente como jornalista, assinando colunas diárias
e semanais em vários jornais de Portugal e Brasil.
* 1994 - Lança o seu livro
de poesias VIVÊNCIAS em várias cidades de Portugal,
no Brasil e na
Espanha. O livro esgotou e recebeu boas
críticas, até na França. Poesias foram
traduzidas para o espanhol por Hector Pastorin e publicadas na Argentina e Uruguay.
E e em inglês, nos E.U.A e na Austrália. São feitos programas culturais de
rádio e TV em Portugal e no Brasil
com poesias suas, declamadas. O compositor
e cantor Paulo Girão musica 12
poesias e grava uma cassete e um CD
experimentais, a que chamou CANÇÕES LUSO-BRASILEIRAS, para oferecer a
gravadoras.
*1995 - É convidada a
integrar a Academia Nacional de Letras e Artes, Acade-
mia Luso-Brasileira de Letras, Academia de Letras do
Estado do Rio e International Writers Association (E.U.A).
Participa
da Antologia Poética Del Secch´y e da Antologia de Contos da Editora Sol XXI.
Foi convidada a participar e
ler seus poemas no III Congresso Internacional de Literaturas Lusófonas que se
realizou em Santiago de Compostela, na Espanha.
·
1996 - Organiza e lança em Portugal e no Brasil a ANTOLOGIA de POETAS
PORTUGUESES e BRASILEIROS, que reuniu 25 poetas
portugueses e 25 brasileiros. Esta
Antologia, que esgotou em poucos dias, esteve no Pavilhão de Portugal na 14ª
Bienal Internacional do Livro de São Paulo.
É
entrevistada pela TV Portuguesa Canal 1, RTP Internacional, C.N.T., Canal 9 do
Brasil, rádios Guanabara, Nacional e Cidade do Rio de Janeiro.
·
1997 – Lança em Portugal, no Brasil, na Argentina e em Macau o seu
livro de
poesias O SUSPIRAR do TEMPO, já em 2ª Edição. Este livro teve apoio das Câmaras de
Guimarães e Vila Nova de Famalicão.
·
1998 – Assumiu o lugar de diretora da Revista Internacional da
Lusofonia –
NÓS (Brasil),
vai a Buenos Aires, a convite do Instituto Camões, participar, como conferencista,
do V Encontro Internacional de Língua e Cultura Lusófonas e apresenta o
trabalho” O Português - Língua da Lusofonia - passado, presente, desafios a
vencer no III Milênio.”
·
1999 – Sai o seu sexto livro e primeiro romance A SINFONIA DO DESTINO,
lançado em Portugal e que recebeu boas críticas.
* Entra em três Antologias
de poesia brasileira: Coquetel de Saudade, Saciedade de Poetas Vivos, O Amor em
Prosa e Verso. É entrevistada pelo Canal
G.N.T da Globo para a RTP Internacional, programa A Viagem de Volta, de uma
hora, que passou em todos os países de língua portuguesa.
·
2001 – Termina o seu segundo romance E NO MEIO... O MAR, uma história
passada entre
Portugal e Brasil, escrito em duas versões: uma brasileira e uma
portu-guesa. O romance está pronto para ser publicado.
E começa outra fase da
sua vida, a velejar na Baia da Ribeira e a disputar regatas em Angra dos Reis,
no veleiro Norne.
* 2002 – Termina a narrativa infantil OS PÁSSAROS NÃO TÊM
PÁTRIA, com Prefácio da Dra. Maria da Luz de Deus, neta do grande poeta João de
Deus e Presidente da Associação de Jardins-Escolas João de Deus, que diz: ...”este livro deveria estar,
obrigatoriamente, em todas as escolas, porque estimula a beleza e a harmonia do
ambiente.” “ Eis um original e belo livro...
Cabe-lhe um grande espaço! Penso
que o preencherá com sucesso.”(Este livro
ainda não foi publicado).
·
2003 – Participa da Antologia S O S NATUREZA, organizada pela Academia
de Letras do Rio Grande do Sul com os poemas Perdão, Meu Deus! E Angra dos Reis.
·
Em outubro, participa da XXIV Convenção
do Elos Internacional da
Comunidade
Lusíada realizada no Rio de Janeiro, apresentando o trabalho “O Português,
Língua da Lusofonia – Desafios a vencer no III Milênio” e é convidada pela
Presidente Internacional desse organismo, Professora Maria Araújo Barros de Sá
e Silva, a ocupar o cargo de 1ª Secretária durante o biênio 2003/2005.
O
veleiro Norne é campeão em inúmeras regatas, e Maria de Lourdes e seu marido,
Manfred Tonndorf, são citados como
exemplos de desportistas, apesar da idade.
·
2004 - Dia 3 de junho, a convite do Comodoro do Iate Clube de Angra dos
Reis, lê a sua poesia” Angra dos Reis” na sessão
solene realizada na Câmara Municipal
dessa cidade, sendo muito aplaudida por todos os vereadores presentes. Um
Troféu com esta poesia foi entregue ao Dr. Mário Márcio da Costa Lemos,
secretário de Planejamento e Meio Ambiente, que disse “esta poesia é mais
bonita que o hino da cidade.”
·
Em 30 de junho termina o CD AMOR e SAUDADES,” um encontro
musical entre
Portugal e Brasil”, 11 poesias suas, musicadas e cantadas por Paulo César
Girão. Este CD em 1998 foi aprovado
em Brasília pelo Ministro de Estado da
Cultura Francisco Weffort e declarado merecedor de INCENTIVO CULTURAL. O lançamento realizou-se dia 14 de setembro no Palácio São
Clemente, no Rio de Janeiro, com apoio da Embaixada de Portugal, inserido no
grande evento luso-brasileiro PORTUGAL CARIOCA. Estiveram presentes mais de 200
pessoas, que aplaudiram as atrizes de televisão Berta Loran, Arlete Sales,
Sylvia Bandeira e Ana Paula Martin, que declamaram algumas poesias. Maria de Lourdes foi entrevistada
pelo canal GNT e esta entrevista foi
vista por milhões de portugueses e brasileiros espalhados pelo mundo. O CD, que
foi muito elogiado pela crítica, foi também lançado em Portugal, no mês de
outubro, nas cidades de Lisboa e Faro.
* 2005
- Em abril, Maria de Lourdes aceitou o cargo
de vice-presidente do Elos
Clube do Rio de Janeiro a
convite do deputado Dr. Eduardo Neves Moreira, eleito novo presidente para o
biênio 2005/2007.
* Em 13 de setembro faz palestra no
Restaurante Terracota do South American Copacabana Hotel, a convite do Elos
Clube do Rio de Janeiro. Tema: O AMOR-
Grandes Amores/Grandes Paixões. Na História, na Literatura, na Vida.
* Participa da Enciclopédia ELISTAS ESCREVEM
III, organizada pelo Elos Clube de Londrina em homenagem aos 46º Aniversário do
Elos Internacional, com a poesia Canto
de Amor à Vida.
* 2006-
Participa da Convenção Internacional do Elos Clube realizada em Faro, como
Primeira Secretária Internacional.
·
2007 – De 18 a
21 de outubro, participa da Convenção Internacional do Elos
Clube, realizada em Niterói no Teatro Oscar
Niemeyer. É condecorada pelo Dr.
Arménio Vasconcelos com a medalha “Centenário de Miguel Torga”, nº
029 , “pelos relevantes serviços prestados à Língua Portuguesa e à Cultura
Lusófona”. ( O Governo Português fez 100 medalhas comemorativas do Centenário
do grande escritor ( 1907-2007 ),
todas numeradas, que foram oferecidas a diversas personalidades, acompanhadas
de um Diploma).
·
2008 –Em fim de agosto, nos Estados Unidos da América, veleja durante oito
dias e oito
noites (192 horas) nos Grandes Lagos, em Michigan, a bordo do veleiro Maresia.
A viagem, de Northport a Detroit teve tantas peripécias, que Maria de
Lourdes escreveu um diário. “Uma
Aventura nos Grandes Lagos” saiu publicado no
Brasil e foi traduzido para o inglês.
* Em
28 de novembro, recebe o Diploma de ”Acadêmico”numa bela cerimônia realizada no
Teatro de Angra dos Reis e passa a
integrar os quadros do Ateneu Angrense de Letras e Artes.
* 2009-
Em outubro, sai no Rio de Janeiro o seu romance E no MEIO... o MAR, numa
pequena edição. Este romance, de 417
páginas, que Maria de Lourdes tinha escrito em duas versões, a portuguesa e a
brasileira, foi revisto e reescrito segundo o novo Acordo Ortográfico
Luso-Brasileiro.
·
2011 - Dia 9 de agosto (dia do aniversário de sua mãe), Maria de
Lourdes reuniu na sua residência cerca de 50 pessoas, só família e amigos
íntimos, para oferecer a todos um exemplar do seu novo livro, A HISTÓRIA da MINHA FAMÍLIA. Para
escrever este livro, com 293 páginas e muitas fotografias antigas, Maria de
Lourdes precisou de três anos para pesquisar documentos, tanto em Portugal como
no Brasil. A história das famílias Pimentel, Esteves, Brandão e Almeida, está
toda ali, desde 1871 até novembro de 2010 – quando terminou de o escrever.
·
2013 – Dia 20 de março a partir das 19 Horas, foi lançado na Livraria
da Travessa, no Shopping Leblon – Rio de Janeiro, o seu último livro MOMENTOS –
poesias. Trata-se de uma edição da
Editora APED, que tem Prefácio do poeta e crítico português Cláudio Lima.
A declamadora Neide Barros
Rego declamou algumas poesias do livro. Presentes mais de 200 pessoas.
terça-feira, 10 de setembro de 2013
Num momento de desânimo
De repente, a vida cansou. Perdeu
a graça. É um momento de balanço. Pensamos
no mundo que nos cerca e na nossa própria vida.
Nos anos que passaram, nas ilusões que tínhamos, no que queríamos da
vida e não pudemos ter, no que sonhamos fazer e ficou só em planos. Neste
momento, a vida passou a ser um peso difícil de carregar... mas é preciso
continuar, não sei porquê, mas é preciso continuar a viver. E sorrir, vendo as injustiças que nos cercam,
a roubalheira dos políticos que sabem, vão ficar impunes, a absolvição de
assassinos, a loucura que grassa pelo mundo fazendo vítimas inocentes, gente
como nós que apenas teve a infelicidade de nascer na Síria.
Tudo está confuso. Feio. Todos os
valores com que fomos criados ruíram, estão fora de moda. Agora, é preciso ser
politicamente correto e concordar (ou pelo menos fingir que concordamos) com o
que está na moda. Com o que os fazedores de opinião afirmam e o povo acha
certo.
De repente, por momentos, a vida
cansou. Perdeu sentido. E fazemos muitas perguntas, que ficam sem resposta.
Por quê?
Para quê?
Mas é preciso continuar... por
isso vou transcrever este poema do meu livro
Momentos, que se
chama:
Receita Sábia
Para viver bem é preciso esquecer, esquecer
tudo que ao longo da vida nos magoou e fez sofrer.
É preciso esquecer, todos os dias, apagar,
todas as noites, as injustiças e ingratidões sofridas. Fazer desaparecer, numa nuvem espessa de
neblina as palavras amargas, as ofensas, as desilusões. É preciso esquecer... Esquecer tudo! para
poder continuar a viver - não mais com
ilusões mas sabiamente- curtindo o dia a
dia, até morrer.
quinta-feira, 5 de setembro de 2013
Porque os brasileiros se endividam tanto?
Assisti há dias um interessante programa na Globo News, que
focou as razões porque as famílias brasileiras se endividam tanto, a ponto de ficarem com a
vida toda encrencada por alguns (ou muitos)anos.
O entrevistador era o jornalista Alexandre Garcia e os
comentaristas, Gabriela Vale e Julio Miragaia, que disseram coisas muito
verdadeiras e que dão o que pensar.
Por exemplo:
A maioria das pessoas da classe baixa – e não só... - não
sabe gastar. Muitas, nem sabem sequer o
que ganham! Vão comprando, comprando, muitas vezes dividindo o valor em prestações
mensais, no dia 30 vem a conta que não podem pagar, vai ficando para o próximo
vencimento, mas continuam a comprar, a gastar, e um dia estão endividados até à
alma e a coisa complica-se. E o que é pior, aí deixam de pagar as contas mais
básicas, como aluguel, prestação da casa própria ou do carro zero, colégio das
crianças, criando problemas para os outros, que tem a vida organizada mas
necessitam, para viver decentemente, do
pagamento mensal das contas que eles não conseguem mais pagar. E aí forma-se um
círculo vicioso.
Por quê isto? De quem a culpa?
Disse o economista Julio Miragaia que os bancos, as lojas, as
concessionárias de automóveis têm muita culpa nisso, porque incentivam a
comprar quem, eles sabem, não tem condições de pagar. Os bancos mandam cartões que nem são
solicitados e fazem anúncios nos jornais e na TV, caríssimos e enganosos, incentivando
o povo a se endividar. As lojas, para vender, dividem tudo em suaves prestações
mensais, o que leva as pessoas menos instruídas ( no fim das prestações),a não
saberem quanto pagaram pela geladeira ou
o fogão, muito menos quanto foram de
juros! E as concessionárias porque
escondem do comprador do carro zero, sonho de consumo de todos, as despesas que
eles terão a partir do minuto em que forem donos do veículo - e vão aumentar a prestação mensal. Gasolina,
seguro, lavagem, IPVA, estacionamentos, possíveis batidas.
Conclusão. O carro é vendido, a pessoa meses depois não pode
pagar as prestações e olha a dor de cabeça!
Por essas e outras é que o endividamento das famílias no Brasil cresce
sem parar.
A economista Gabriela Vale disse ainda que no Brasil, não é
hábito das famílias falarem em casa com os filhos de dinheiro, ensinando-os a
poupar. Normalmente a criança ou o jovem
ganha uma mesada e gasta-a, sem dar
valor ao dinheiro nem aprender a ganhar.
Ela deu como exemplo as famílias americanas, que ensinam
os filhos desde crianças a poupar para poderem pagar a Faculdade. Por isso eles desde muito
novos trabalham – seja a aparar a grama
do vizinho, a entregar jornais ou a lavar pratos nos fins de semana. Aqui, onde já se viu alguma família de classe
média fazer isso com os filhos?
Um aparte. Mas eu fiz, com o meu filho. Quando vivemos nos Estados Unidos, em
Washington, ele tinha 6 anos quando ganhou o seu primeiro dinheiro – em
dólares!- vendendo refrescos com os amiguinhos vizinhos na pracinha em frente à
nossa casa. E depois, já no Rio,
estudando engenharia na PUC (quando pedia aumento de mesada para gastar nos fins de semana e eu não dava), ele
teve que se virar. E passou a dar cursinhos na garagem da nossa casa, aos
colegas que precisavam aumentar as notas.
Até hoje ele diz que isso lhe fez muito bem...
Para finalizar este artigo sobre o endividamento das famílias
brasileiras, disse Alexandre Garcia, muito sabiamente.
“Certo estava meu avô, que me ensinava. Meu filho, não compra
nada a prestações. Junta dinheiro, primeiro, e depois vai comprar à
vista e consegues um bom desconto.”
Mas quem faz isto hoje?
segunda-feira, 2 de setembro de 2013
Para variar um pouco, vamos hoje falar de Moda?
Antes de continuar, quero dizer que durante ( muitos) anos trabalhei como jornalista, fazendo a cobertura
( entre 1954 e 1969) de TODOS os desfiles importantes que se realizavam no Rio, para as minhas colunas no jornal TRIBUNA da IMPRENSA e Revista MANCHETE. Nessa época, os desfiles mais elegantes realizavam-se nos salões da Casa Canadá. E os lançamentos de moda, eram em São Paulo.
Quando fui viver em Portugal, continuei esse meu trabalho do outro lado do mar, em jornais e revistas de Moda da cidade do Porto.. E tive a honra de ser convidada, várias vezes ( com tudo pago) para ir a Paris assistir desfiles de Dior e Jacques Fath., que depois descrevia para as senhoras portuguesas. Por isso, minha noção do que é Moda, Elegância, tem como base uma linha mais clássica, oriunda dos costureiros europeus e italianos.
Aqui no Brasil a moda é alegra. Descontraída. O nosso clima pede isso. Mas realmente, acho que no geral, as brasileiras - digo, as cariocas- não se vestem bem. Salvo algumas exceções. E em ocasiões elegantes, como casamentos ou festas. Aí, vão elegantes - quase sempre...
Se você ficar sentado numa esplanada ou no café de um shopping, verá de tudo! Roupas misturadas sem nenhuma noção de combinar tons, mulheres gordas que usam roupas ridículas que seriam apropriadas para as suas filhas ou netas, com menos uns 40 quilos no peso, jovens que se enfeiam pondo roupa sobre roupa, parecem umas cebolas! só porque dizem que é moda usar essas coisas sobrepostas e por aqui vai.
Eu me acho antiquada no meu gosto, quem sabe? ultrapassada. Gosto de NÃO dar na vista, de andar sempre discreta e chic. Não quero que olhem para mim e digam "mas que perua! " E sim" vai ali uma senhora fina e bem vestida ". Aposto sempre no simples, no bom, no básico. No meu guarda-roupa e na mala, quando viajo, vai sempre um tubinho básico preto, uma calça comprida preta, de bom corte, um blazer ou um agasalho preto. Levo também muitas blusas bonitas brancas e coloridas, muitas echarpes , sapatos e bolsas combinando. E um ou outro vestido numa cor alegre. Com isto, estou sempre bem. Em qualquer ocasião.
Eu penso assim - digo de novo - mas sempre achei que estou ultrapassada.. Por isso fiquei surpreendida e gostei de ler o que o famoso estilista italiano Riccardo Tisci, diretor de criação de Givenchy, que veste artistas como Beyoncê, Rooney Mara, Madonna e outras famosas, disse, em recente entrevista:
"O meu conselho é que se você quer estar bem vestida sempre, invista no básico. Jaqueta preta, legging preto, trench coat e saia tubinho. Estas peças podem ser combinadas com uma infinidade de outras, coloridas e você estará SEMPRE bem vestida".
Isto eu li agora, no jornal O GLOBO, Suplemento Ela, dia 31/agosto passado. E me senti feliz, não mais "antiquada".
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