quinta-feira, 26 de dezembro de 2013
Só para completar o que escrevi acima.
Hoje, a Pretinha continua muito assustada, mas está bem menos selvagem. E vive em volta da minha casa, em Angra. Ela tem as ninhadas por perto e alimenta-se sempre ( quando estou lá), na minha varanda. Já deixa, até, eu fazer festinhas na sua cabeça.
Da sua penúltima ninhada, há a Petra, uma gata toda preta linda, muito mansinha, que também é minha cria: não sai da minha varanda, se a porta estiver entreaberta entra em casa, já foi castrada e está obesa, de tanto que come!
Da última ninhada da Pretinha não sei, mas já me disseram que ela teve dois gatinhos, que AINDA estão escondidos. Quando puderem comer, serão mais dois para eu castrar e alimentar...
Esta Famiglia Gatto do condomínio dá-se toda muito bem, não há brigas. As minhas duas cariocas, a Fanny e a Pepita, que são muito amigas e vivem se lambendo, quando estão em Angra dividem irmãmente a comida com as outras, numa boa.
Agora, um problema: não sei como fazer para castrar a Pretinha e acabar com a alegria do Charles e o aumento da colônia... porque se continuarem a nascer mais gatos, vai haver reclamações das pessoas que tem casa no condomínio e NÃO gostam de bichos. E tenho medo que alguém invente de pôr mais chumbinho...
À la CORA RONAI
( se não gosta de animais, não leia).
A conhecida jornalista de O GLOBO tem em casa 8 gatos, a quem, carinhosamente, chama de Famiglia Gato.
Eu não tenho 8 gatos. Tenho duas gatas, que têm histórias estranhas de vida, mas que são amorosas e meiguinhas. Vou contar, para quem me dá a honra de acessar esta página, como a Fanny e a Pepita entraram na nossa vida.
Indo mais atrás, para ser exata, uns 15 anos atrás, comprei uma pequena casinha em Angra dos Reis, num condomínio fechado, em frente ao mar, junto de um rio e de um terreno baldio, onde existia uma colônia de gatos. Ninguém sabe como apareceram lá, mas foram procriando e lá viviam, meio abandonados e selvagens, se multiplicando muito. Assistíamos a brigas terríveis entre os machos, na hora do acasalamento.
Como sempre adorei bichos,eu e uma amiga ( Luisa), que também tem casa lá, começamos a tentar melhorar a vida desses bichinhos. Isto, depois que uma "alma caridosa", como infelizmente há muitas!!! se divertiu semeando pelo condomínio o veneno conhecido como chumbinho, que matou alguns gatos, num sofrimento atroz.. E depois também que o síndico do condomínio, da época, outra "alma caridosa..." resolveu mandar apanhar com uma rede os gatos possíveis, para depois abandoná-los à sua sorte, em algum lugar distante. Desta leva abandonada, UMA gata, a quem chamamos de Pretinha, tempos depois conseguiu regressar ao condomínio e lá está até hoje - muito arisca e assustada sempre, pois sabe o que sofreu quando foi abandonada, coitadinha, até conseguir regressar à sua casa.
Aos poucos, fomos conseguindo pôr as fêmeas em caixas e levá-las à veterinária, para serem castradas. Morreram alguns machos, outros sumiram e ficou só - o Charles- e suas 6 mulheres... mas a Gatinha, a Loirinha, a Cidinha, a Peg, a Meg, e a Mitzi, foram castradas. Para ele "brincar", só restou a Pretinha, que NINGUÉM conseguiu apanhar, até hoje, para mandar castrar! Porque ela escapa sempre, gato escaldado te medo... Por isso só ela, desde essa época, tem ninhadas periódicas.
Um dia, a Mitzi começou a ficar na minha varanda e nós fomos nos afeiçoando a ela, até que decidimos adotá-la. E ela passou a viver connosco, vindo para o Rio e indo para Angra, sempre.
Meiga, sociável, a Mitzi foi a nossa companheira durante 10 anos, até ter câncer, ser operada e morrer, depois de três meses de muito sofrimento - dela e nosso. Depois disso, decidimos que não queríamos ter mais gatos e dei TUDO que tinha aqui em casa, da Mitzi. Até que um dia... meses depois... o porteiro do meu prédio tocou o interfone pedindo para irmos ver na portaria, pois andava há dias perdida na rua onde vivemos uma gatinha, muito parecida com a Mitzi, abandonada e cheia de fome, levando pontapés dos passantes e que já tinha, até, sido atropelada por um carro.
Nós não queríamos ir, mas o coração falou mais alto e o meu marido desceu. Quando o viu , a gata abandonada refugiou-se no colo dele e dali não saíu mais.
Preciso contar o resto?
Assim a Fanny entrou na nossa vida, e até hoje não sabemos se ela foi abandonada pelos antigos donos ou se fugiu da casa deles. Ela estava bem castrada e tinha cerca de 4 anos (disse a veterinária). Faltavam-lhe alguns dentes, certamente quebrados pelos pontapés que levou, a probrezinha, enquanto perambulava pela rua, abandonada.
Bem, ficamos com a Fanny.Uma gata adulta, comportada, super-sociável.
Enquanto isso, no condomínio, em Angra, a Peg foi adotada por um casal bondoso, a Regina e o Paulo, e a Pretinha continuou tendo filhotes. Como entretanto houve eleições e mudou o síndico - que é agora o Gonzaga, um homem que gosta de animais-ele autorizou que fosse feito um gatil, onde há sempre água e comida para a colônia dos nossos gatos angrenses. Mas quando eu ou a minha amiga Luisa lá estamos, eles preferem os nossos "botecos" pois a boia deve ser melhor que a do gatil...
Meses depois de a Fanny estar com a gente, um gatinho preto e branco, filhotinho da última ninhada da Pretinha, começou a vir comer a ração que ponho sempre na minha varanda. Bonitinho, preto e braco, olhos vivos, comia e fugia. Comecei a chamar- lhe Pepe.
Como sempre fazemos, um domingo à tarde fechamos a casinha de Angra, pusemos no carro as mochilas e a caixinha com a Fanny. Era janeiro, pleno verão. Um calor abrasador. Viemos pela Avenida Brasil, sempre engarrafada, umas 3 horas de viagem, chegamos ao Rio, estacionamos o carro na garagem, tiramos a Fanny e as mochilas, viemos para o apartamento, dormimos. Na segunda-feira, pelas 7 da manhã, liga pelo interfone o empregado do edifício que lava o meu carro e fala com a nossa empregada " Diga à dona Lourdes para descer, que tem um gato miando dentro do capô do carro dela". Não pode ser, disso o meu marido, mas o faxineiro tanto insistiu, que ele vestiu-se e desceu. E não é que havia, sim, um gatinho miando, dentro do capô?
Sujo, cheio de óleo, assustado, cheio de fome e sede lá estava o filhote da Pretinha - o Pepe (que devia estar dormindo dentro do capô quando ligamos o motor do carro). Ele conseguiu se equilibrar naquele mini espaço que devia estar um forno, veio de Angra até ao Rio e não caiu na estrada!
Fomos logo com ele à veterinária, pois nós não acreditávamos que ele pudesse estar vivo e bem. Mas estava! Apenas muito sujo de óleo e poeira. .A veterinária disse que não era um machinho (Pepe), mas uma gatinha fêmea. Por isso foi rebatizada de Pepita. E que está linda! Esperta e engraçada, faz muitas tolices pela casa.
Estas são as histórias das nossas duas gatinhas, que adoramos e são as nossas grandes companheiras.
Apenas mais um adendo: a dona Ursula, uma senhora alemã ( idosa e magérrima), dona da Clínica veterinária onde tratamos as nossas gatas, sempre que levo a Pepita lá, conta esta espantosa história a todos os presentas na sala de espera, dizendo com o seu sotaque arrevesado " Nunnnca vi naaada ugual! Esssta gaatinnha já gastou uma das suas sete vidas... "
E eu acho que ela tem razão.
quarta-feira, 25 de dezembro de 2013
PALAVRAS e DATAS
Palavras... que são palavras? Apenas riscos negros numa folha branca. Que significam? Muitas vezes, extravasam Ódio. Outras, Amor. Indiferença. Esperança. Mentiras.
Palavras... que são palavras?
Nós, os ditos civilizados, comunicamo-nos através de palavras, faladas ou escritas. As faladas, muitas vezes são ditas sem pensar, no auge da emoção do momento e algumas vezes, até, nos arrependemos de as ter proferido.
As escritas são mais pensadas. Mais elaboradas. Escrevemos caracteres que podem transmitir ao papel ou ao computador emoções as mais variadas. Os poetas, escrevem palavras bonitas. Os religiosos, usam as palavras para dar um significado à finitude e ao vazio da vida. Os apaixonados, escrevem para jurar amor sem fim. Os políticos, dizem e escrevem palavras mentirosas, prometendo coisas que sabem, nunca vão cumprir.
Quando vejo na televisão as cenas reais, dantescas, das pessoas chorando porque perderam tudo com enchentes que se repetem, ano após ano, sem solução, ou se arrastam durante horas, às vezes dias, nas filas dos hospitais para serem atendidas - e logo em seguida, uns segundos depois, entra na minha sala, um anuncio pago na programação televisiva em que aparece a dona Dilminha ou outro político qualquer mentindo mais uma vez, dizendo as mesmas palavras mentirosas que ouvimos há anos, sempre as mesmas, descrevendo com sorridos falsos o muito que fizeram e prometendo, mais uma vez, o muito que vão fazer ( se continuaram na mamata...),dá-me raiva e vejo como as palavras são falsas. Soam a falso. São mentirosas. Mas enganam os trouxas ignorantes deste nosso Brasil, tão atrasado, que AINDA acreditam nessa gente.
Palavras...
E Datas?
Vocês já viram como é obrigatório as pessoas festejarem e estarem alegres no dia do seu aniversário? Mesmo que achem (como eu), que é uma data triste, porque mais um ano passou e mostra que temos a nossa vida encurtada, que é MENOS um ano para viver a nossa vidinha?
E o Natal? Festa da família! TODOS têm de estar alegres, com a família reunida... mesmo que haja na família pessoas que não dão alegria, muito pelo contrário, só criam problemas?
Mas vá você dizer isso a alguém... como pode? Se é Natal, festa da família, TODOS têm de festejar, estar em família ( mesmo com pessoas complicadas), comprar presentinhos, andar em correrias nas lojas, fazer comidinhas, as donas de casa vão ficar exaustas - mas têm obrigação de estar sempre sorrindo, contentinhas, porque é a data sagrada do Natal.! Quem pode querer que passe depressa, para voltar ao rame-rame normalzinho, calmo e feliz do dia a dia costumeiro? Ninguém! ( Mas eu posso...).
Datas...
Fora essas datas marcadas no calendário com o sinal de "Sorria, você faz anos"! Ou "Sorria, porque é Natal"! Você pode arranjar "datas" que não têm nada de importante marcado no calendário e são felizes, maravilhosas. Únicas. Inesquecíveis. Só para você.
Faça isso!
segunda-feira, 23 de dezembro de 2013
A minha mensagem de Natal
este ano
é tão pequenina...
que cabe numa linha
Não tem enfeites
música
texto floreado
lugares comuns
prosa vazia...
tudo cabe numa só linha
FAÇA ALGUÉM FELIZ!
(e você terá um Santo Natal)
Meus votos para 2014
são também tão simples...
apenas três palavras dizem tudo.
Que você e todos os seus tenham
SAÚDE PAZ e
AMOR
SAÚDE
para poder curtir a vida
PAZ para que a vida valha a pena
AMOR
porque é o eixo de tudo. TUDO gira em volta do amor!
Maria
de Lourdes Brandão
Para todos que amo, da minha família portuguesa e brasileira,
e também para todos os meus amigos, de além e aquém mar.
Um beijo carinhoso!
terça-feira, 17 de dezembro de 2013
A minha mensagem de Natal
este ano
é tão pequenina...
que cabe numa linha
Não tem enfeites
música
texto floreado
lugares comuns
prosa vazia...
tudo cabe numa só linha
FAÇA ALGUÉM FELIZ!
(e você terá um Santo Natal)
Meus votos para 2014
são também tão simples...
apenas três palavras dizem tudo.
Que você e todos os seus tenham
SAÚDE PAZ e
AMOR
SAÚDE para
poder curtir a vida
PAZ para que a vida valha a pena
AMOR
porque é o eixo de tudo. TUDO gira em volta do amor!
Maria
de Lourdes Brandão
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