Nunca é tarde
A vida é feita de momentos...
Momentos tecem a
trama da vida
Um momento
agradável.
Gosto de cozinhar. Não por obrigação, arroz/feijão/bife todos os
dias. Mas de vez em quando, ir para a
cozinha e fazer uma comidinha gostosa para degustar com o meu marido,
acompanhada de um bom vinho e ouvindo uma música suave.
Mas eu sempre trabalhei muito e
quando jovem, sabia pouco de cozinha.
Fui educada em Portugal, nuns tempos em que havia empregadas antigas na
casa e em que as “meninas” não ficavam na cozinha. Por isso fui aprendendo aos
poucos, uma receita aqui, outra acolá, até que descobri e comprei o livro de
culinária de José Celidôneo e depois, passei a ler semanalmente a sua página de
receitas do domingo. E aí comecei a ser
uma cozinheira de mão cheia! Todos
adorando a minha comidinha, os pratos que inventava.
Pois não é que hoje, num
supermercado do Jardim Botânico, quando encostei o meu carrinho no balcão dos
laticínios e olho par o lado, quem vejo?
O próprio! também ele empurrando um carrinho de compras e com uma lista
de ingredientes na mão. Aí. Não resisti
e perguntei-
-O senhor é o José Celidôneo?
-Sou...
-Pois tenho que lhe agradecer,
pois as suas receitinhas me ajudaram muiito e continuam a ajudar. Com elas, preparo comidas deliciosas e não
erro nunca!
- Quando me dizem isso, é o
melhor elogio que recebo.
E por aí foi o nosso agradável
papinho.. Falamos de muita coisa e também dos deliciosos pratos de bacalhau que
se comem em Portugal – país que (ele diz), adora visitar. José Celidôneo não é
só um gourmet e cozinheiro de mão cheia, ele é também um gentleman. E fiquei a saber que prepara um novo livro de
receitas, agora, dedicado a pessoas daquela idade que dizem ser “ a mellhor”,
ou a “terceira”, mas que na verdade, é a idade madura... muito, muito madura! Mas que nem por isso, deixa de ser uma idade
em que se aprecia comida gostosa.
Que venha logo esse livro!
O ROBERTO CARLOS que eu conheci
Já se passaram mmmuitos anos...
Eu era uma jornalista novinha, a começar uma carreira, recém-admitida na
Revista O CRUZEIRO cujo diretor era o Joel Silveira. Grande jornalista, homem
de poucas palavras, que dava ordens precisas e secas, sem. muitos comentários.
E um dia disse-me “Maria de Lourdes, esta semana quero uma entrevistar com esse
cantor, o Roberto Carlos. Para a próxima edição”
Cozinhar pratos especiais é uma arte. Parabéns pelo carinhoso texto.
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